Revista de Pediatria SOPERJ

ISSN 1676-1014 | e-ISSN 2595-1769

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Hemangioma Hepático na Infância: Abordagens Diagnóstica e Terapêutica - Relato de Caso

Dias, K.E; Kramberger, L.A.A; Oliveira, A.P.M.; Nehab, M.F.; M.V. Christiane

Revista de Pediatria SOPERJ - V.15(supl 1), Nº2, p18, Março 2015

Resumo

INTRODUÇÃO: O hemangioma hepático é a neoplasia benigna do fígado mais comum na infância. Possui um padrão de evolução caracterizado por fases de crescimento, platô e involução. O tempo de involução é variado, tendendo a se resolver por volta dos 5 anos.
OBJETIVO: Este trabalho visa relatar o caso de uma lactente que recebeu diagnóstico de hemangioma hepático após investigação de uma tumoração abdominal visualizada em ultrassonografia (USG) do pré-natal.
MATERIAL E MÉTODO: Lactente feminina, nascida a termo, adequada para a idade gestacional, parto cesáreo, APGAR 3/8, recebeu diagnóstico pré-natal por USG de massa em hipocôndrio direito, com características ecográficas de heterogênicidade, diâmetro 60x47x28mm, vascularizada. Ao nascimento, apresentou ao exame físico massa abdominal volumosa, endurecida e telangiectasias abdominais. Inicialmente, foi aventada hipótese de neuroblastoma. Foi realizada tomografia computadorizada de abdome, evidenciando imagem sugestiva de hemangioma hepático. Nessa ocasião, iniciado tratamento com propranolol. Durante a internação, a paciente evoluiu com quadro de colestase, alterações de função hepática, alfafetoproteína aumentada e plaquetopenia, necessitando de transfusões de plaquetas e terapia com acido ursodesoxicólico. Realizaram-se dosagens da função hepática e USG seriados. O USG demonstrou involução da lesão, apesar de enzimas hepáticas ainda tocadas. A paciente continuou em uso das medicações prescritas inicialmente, sendo avaliada por equipe multidisciplinar, incluindo equipes de Gastroenterologia e Cirurgia Pediátrica, que, em conjunto, decidiram pelo seguimento clínico com tratamento conservador.
RESULTADOS: O caso em questão obteve sucesso terapêutico com o uso de Propranolol, sem a necessidade de lançar mão de outras abordagens terapêuticas, como corticoterapia, interferon e embolização.
CONCLUSÃO Conforme observado em nosso caso, a literatura descreve a importância do diagnóstico e da instituição terapêutica precoces. Mudanças no tratamento medicamentoso, que incluem o uso de propranolol, têm alcançado resultados otimistas e devem ser consideradas perante esse diagnóstico.

 

Responsável
ANNA PAULA MAALDI DE OLIVEIRA


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